25 de novembro de 2014

ONDE NÃO PUDERES AMAR NÃO TE DEMORES”

Sai, corre logo. Afasta-te das ventanias cruéis que ameaçam revirar-te a vida e os sonhos pelo avesso. Aqueles pedaços de histórias rotas e cerzidas, atiradas no cesto de roupas de sorrir — e que já usaste tantas vezes em festas enxovalhadas. Foge das tempestades. Das estradas sem rumo. Das folhas ressequidas, espalhadas em terrenos áridos e desconexos.
Rejeita os lábios que não beijam mais e dos quais escorre apenas amargura, fel e impropérios. Sim. Tranca a porta, os ouvidos, a sensatez e vira as costas sem remorsos para tudo o que te causa mal e tristezas. Teus dias pinta-os com aquarelas leves e doces, mescladas a tons pastel.
As horas não devem ser transformadas inexoravelmente em cinzas, quem te disse? Embora saibamos que se trata de horas mortas, inertes em relógios de parede enferrujados pelo cansaço. Relógios, cujos ponteiros foram derretidos pelos vastos incêndios que se apossaram silentes da tua alma atônita.
Sai! Despede-te rapidamente das águas turvas, habitadas apenas por sinuosas enguias. Não enxergas peixes dourados, nem vermelhos? O lodo não te serve, então. Tampouco a escuridão de um dia sem sóis nem estrelas. As árvores morreram alguns tocos ainda repousam no jardim abandonado. Raízes secas gemem por água. Mas o jardineiro se foi, levando junto com as despedidas os antigos cuidados dispensados ao verde que aí vicejava.
Há esconderijos disponíveis para cultivar a paz. Um sentimento que parece ter escorrido pelas vielas de tempos imorredouros. Olha e te surpreende. Pois há linhas de seda para tricotar novas promessas de amores leves, já nascidos com asas. Amores azuis que flertam com a presença suprema da liberdade.
Se porventura entrares num bar escuro e sujo e perceberes que os frequentadores flertam somente com o álcool mantendo o rosto duro, impassível e macilento. Os olhos de pedra fosca cravados no fundo do copo, no qual mágoas flutuam sobre escassas pedras de gelo, não te aproximes. Abandona o recinto. Pois aí não há amor. Somente amarguras e nostalgias graves e empoeiradas
Foge também de quem tiver o aperto de mão indiferente e áspero, os sorrisos ausentes no rosto exausto de mentiras, o nariz empinado de arrogâncias vãs.
Despreza indivíduos sem ouvidos, concentrados em lamber unicamente a própria fala. Àqueles aficionados em solilóquios, em discursos sem eco, voltados regiamente para o próprio espelho das vaidades, adornado pelo gigantismo do ego.
Alheia-te também de quem perdeu os braços de abraçar. Esqueceu-se de abrir as janelas para as visitas das alvoradas e lacrou os sentidos para os cantos felizes dos pássaros matutinos.
Os que não regam plantas. Pais que esquecem crianças trancadas no carro, enquanto se deleitam em levianas compras nos shoppings. Não entres jamais em casas onde não se escuta música, aonde o fogão chore de desusos, sem o cheiro vivo do feijão fumegando delícias.
Não te acomodes nunca em mesas sem toalhas, copos, nem talheres, antes destinados a servir convidados sempre ausentes. Ninguém aparecerá para o almoço inexistente. Pois faltam amor e acolhimentos.
Não te esqueças de cerrar em seguida as cortinas do coração para os que desprezam a luz, as cirandas e as crianças. Os que chutam por tédio pequeninos animais órfãos, perdidos a esmo nas ruas. Refuta com veemência as trepadas mornas e maquínicas exigidas pelo marido ou namorado, cujas ardorosas amantes tu intuis, certamente.
O bom sexo demanda uivos gloriosos, saudáveis e selvagens desatinos. Assim, aguarda paciente pela entrega plena e desarmada. Ela virá sem avisos prévios e te surpreenderá com danças e valsas. Recusa de imediato o namoro insípido, porque não há sal que dê jeito em afetos falidos.
Outro alerta: desanda a correr da inveja, do escárnio, do ódio fantasiado de gentilezas em oferta. Todas elas por R$9,99. Este pacote de desmazelos se acumula no enfado e no desamor de lojas vazias. A maldade ronda a vizinhança, se intromete em eclipses, passeia com os pés descalços em imensos desertos brancos.
Mas lá tu não irás, temos certeza, pois falta amor — teu coração já anunciou. Além disso, felizmente também contas com os afáveis sussurros da natureza, que entremeiam tuas histórias e caminhos, sempre rodeados de ideais e de esperanças.
* A frase-título desta crônica é do poeta e escritor brasileiro Augusto Branco — falsamente atribuída a pintora mexicana Frida Kahlo.

7 de julho de 2014

Tears in heaven

Esses dias eu pensei nessa música e em como eu nunca gostei de escutá-la. Quando eu estava na pré-adolescência, na adolescência eu me sentia mal quando a escutava porque ela despertava em mim uma tristeza muito grande, capaz de potencializar ainda mais a que eu já tinha. Tempos depois por curiosidade eu fui a procura da tradução das letras, e ela estava suas palavras tristemente poéticas, apesar de não entender bem pude perceber que eram palavras tristes e bonitas, como pode ser triste se bonita? como pode ser bonita se triste? assim como a mocinha de Machado de Assis também daquele tempo...

Do mesmo modo que eu tinha arrepios quando escutava Tears in heaven, existia uma música que sempre cantava na rádio tribuna que eu adorava mas sabia apenas o refrão, e num enrolation tão grande que nem as sugestões do google me diziam que danado aquilo era, que língua eu estava falando. Sempre esperava no final da música o locutor dizer o nome dela, mas nunca acontecia. Sabia apenas que dizia no refrão: Leila, got... Muito tempo depois, porém sem perder a esperança de saber quem cantava e qual nome dessa música, eu estava zapeando quando parei na saudosa MTV Brasil e num é que lá estava ela, Leila!! Que alegria!! Era Layla: "Layla, You've got me on my knees, Layla, Begging darling please, Layla, Darling, won't you ease my worried mind?" assim a letra verdadeiramente dizia, o cantor era Eric Clapton. A MTV apresentava um especial sobre a carreira dele, e acabei assistindo por curiosidade.

Nesse especial sobre Eric Clapton eu pude saber a estória da música tears in heaven, e assim entendi porque eu me sentia triste quando escutava essa música, ela era o choro de um pai, um choro de uma dor inimaginável e indesejável para qualquer pessoa. Era toda a tristeza de Eric Clapton por perder seu filho, seu bebê. 

Sempre que eu escutava essa música e estava com alguém eu comentava que não gostava dela e que se alguém me visse escutando essa música poderia saber que eu estava muito triste ou querendo ficar triste, rsrs. 

E hoje, no cair da tarde minha alma sussurrou:  "tears in heaven". E eu não relutei, e escutei, escutei e estou escrevendo escutando. Tears in heaven, seja lá como for... music of the day.


5 de março de 2014


Hi there!! 

Precisa dizer que uma imagem vale mais que mil palavras, que uma palavra?? Depois de mais de 4 anos como concurseira,  a questão é voltar a estudar depois de 1 ano, 1 ano!!! :-) de férias! 

Eu sempre gostei de ler e desde criança me auto motivo a ler. A leitura expande a mente de tal maneira que podemos sentir seus efeitos por toda a vida (a boa leitura, claro). Eu sinto que com o hábito da leitura na minha vida eu pude viajar para lugares que não conhecia, épocas que não vive, sentir, conhecer o mundo interior de pessoas complemente diferente de mim, eu pude conhecer realidades, observar outros mundo.. e tudo isso me trouxe como regalo a empatia (às vezes apenas a minima compreensão rsrs) dos outros seres humanos, das outras almas que como a minha são cheias de perfeições e defeitos e apenas  buscam uma certeza, um querer que não se sabe o quê. Assim, criei dentro de mim um espirito desprendido de qualquer apego por lugares, usando outro clichê - lar é onde nosso coração está -  e nisso tenho aprendido a abstrair, a lutar contra o apego, a praticar o desapego (dificil). 

E nesse momento tenho que desprender da vida boa, kkkk. Menos seriados, menos olhadas no facebook (isso é realmente bom), e voltar ao velho hábito de bunda na cadeira e olho no livro (adoro). O carnaval desse ano me trouxe a oportunidade de voltar aos poucos ao hábito de estudar, atualmente tenho dois projetos: minha maravilhosa pós (que já começou a me estimular a escrever, começando no blog :-) e meu eterno projeto que sempre amei e agora amo mais ainda de aprender inglês, de entender e falar bem essa língua (tem coisa melhor do que ter objetivos?), assim, com esses projetos futuros meu presente tem me feito feliz, pois me ocupo e sei que sempre tem algo bom para aprender por aí, sempre existe boa energia para cultivar e espalhar, nada daquilo "um da terei a sabedoria de fulana, o carro, a casa,  um relacionamento, o cabelo....", a história de vida do outro, afff não, por favor não! Isso vai trazer urucubaca pra tua vida e da outra pessoa que você tá "secando"criatura! Olha pra você, queira o que você quer, uiiiiiiii.

Meu modo simples de voltar ao estudar está sendo assim: ponderando. Eu percebo que estudo melhor pela manhã que no resto do dia, percebo que estudo inglês com prazer e sem esforço, então eu estudo pela manhã o material da pós-graduação (com disposição e concentração) e no resto do dia (que já tô mais cansadinha) have fun with english.  

Eu aprendi muito sendo concurseira, e uma dessas coisas que aprendi foi que é preciso criar hábito, sempre fazer (estudar) todos os dias, e o principal não desistir e acreditar,  pois eu sou a prova viva de que persistindo um dia a hora chega, a gente fica chateado no começo porque concurso não é fácil e fere o ego de muita gente porque ela tenta e não consegui de primeira passar (ás vezes se consegui depois da décima, vigésima e ladeira a baixo), aqui entra a humildade, relaxem queridos, acreditem que não somos os mais inteligentes e f.... do nosso medíocre mundo, mas eu posso dizer que podemos ser aqueles que nao desistem, que corre atrás e que nao tem vergonha de errar, exercitar a humildade, praticar a fé, cair e levantar (clichê!). rsrs.

9 de julho de 2013

FENEARTE



Está acontecendo esses dias aqui em Recife a Fenearte, uma feira de artesanato que acontece anualmente e reúne artistas, artesão e etc em um espaço de uma tenda para mostrarem seus produtos, talentos e diferenciais. Como acontece a cada ano a feira conta com expositores de muitas cidades de Pernambuco, bem como de todo o Brasil e do mundo!

Em visita a feira me deparei, primeiro com muita gente (dá até uma agonia, afff), segundo com coisinhas maravilhosas e pouco úteis, haha. Vale muito a pena ir para quem está querendo comprar algo diferente, incrementar a vida com algo no diferente. 

O passeio foi muito bom, junto com minha amiga (com boa companhia de amiga tudo melhora) e uma tapioca que posso considerar uma das melhores que já comi :-P    Deu pra garantir um presente bem regional pra uma pessoa querida. Enjoy if you want!


22 de fevereiro de 2012

Filme

Gosto muito de filmes de suspense, policial, desses que fazem com que o público fiquem intrigados e com desfechos surpreendentes e assim também é com os livros. Admiradora dos livros de Agatha Christie, notável inglesa que foi minha companhia durante muitas tardes da minha adolescência, nunca tive a oportunidade de ler o igualmente conhecido Sir Arthur Conan Doyle e seu consagrado Sherlock Holmes. 

E é justamente ele a dica. Falo do filme Sherlock Holmes (2009/2010), não é o que está em cartaz. O filme dirigido por Guy Ritchie mostra as aventuras de Sherlock e seu companheiro Dr. Watson, dois personagens bem interessantes e inteligentes. Vale a pena conferir, não será o melhor da sua vida, mas na dúvida dê uma chance a ele e conheça toda a perspicácia e linhas de investigação e pensamento dos Sherlock e Watson. 

Sherlock Holmes 2 - O Jogo de Sombras
Expectativa para o 2....

Bjossss

10 de fevereiro de 2012



Ah, o carnaval...

Que dilema o meu (quem derá o de todos fossem esse rsrs): eu + metida a concurseira + morando em Recife + fevereiro/carnaval = fud...

É um anseio que tenho; gosto de estudar e sei que tenho de me dedicar, ainda mais, aos concursos mas ao mesmo tempo penso na minha situação, a vida está passando, lá fora, me chamando...

Farei como no ano, vou ter dar uma pausa nos estudos, rsrs. 
"De dia concurseira, a noite foliã!!...".

Bjosss.